quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Te conheço de outros carnavais



Parece piegas, mais foi assim mesmo.
Não consigo achar outra explicação, a não ser...  O destino!
Tudo que vivemos até aquele dia 24 de Fevereiro de 2009 foi vivido intensamente para que nossas vidas se cruzassem.
E nós viemos para contradizer... Porque amor de carnaval pode durar. Se for pra ser, será.
Muitos procuram o amor desesperadamente e pra nós ele caiu do céu com as estrelas de testemunhas.

Amor não é ensinado, é vivido.
Mais quem não gosta de ouvir lindas histórias de amor? 
Mesmo que seja para sonhar que um dia eu vou amar assim.

Não acredito que uma pessoa possa ser feliz sozinha.  
Por isso sou agradecida por amar e ser amada.
E desejo que todos possam viver isso um dia.

Amar é brega, é sofrido, é intenso, é bobo, é delicioso... E é fundamental!

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

A praticidade dos homens

Era uma noite de terça-feira, o jantar já estava pronto na geladeira separados em vasilhas plásticas, bastava esquentar no microondas.  Mas bateu aquela vontade enlouquecida de comer um steak e ela fritou com água na boca, com todo cuidado do mundo para não respingar óleo no fogão, pois terça-feira é dia de faxina e ela tinha passado toda tarde limpando a cozinha:

- Ai não! BU-CE-TA.
- Opa! Se for a sua eu quero!
- Que MERDA! Você não acredita no que fiz...
- O que meu amor?
Vem ele todo carinhoso caminhando até a cozinha. Até porque dia de terça-feira não é dia de contrariá-la.
- Consegui queimar a droga do steak. Que saco! Tava com tanta vontade de comer...
- Eu frito outro para você, quer?
- Mas e esse, vai jogar fora?
- Eu como. Não ligo.
- Então tá.
Abra a porta do freezer, acende o fogão, espera o óleo esquentar, joga o steak e...
- AIIII!!!!Tampa, tampa, tampa. Não pode sujar o fogão...
- AIII!!! Tá bom, eu tampo.
- NÃAAOOO! Com a tampa do lixo não...
- IIIIII... Tá bom, a outra tampa.
- Porque você ia tampar a panela com a tampa do lixo?

- Porque era a tampa que estava na minha frente.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

O chocolate e o amor


Uma semana cansativa. Uma sexta feira esperada. 
Ela chega em casa do trabalho e a sua espera...
Chocolate e amor!
Desejo, respeito, parceria e um ingrediente doce que faz toda diferença no casamento... 
O chocolate! 
O que seria ela sem o chocolate na sua TPM? Bom, ele pode te responder.
Ele que é tão bom em se comunicar, se embolha na hora de passar para o papel.
Esforço, carinho e dedicação e uma rápida pesquisa na internet, só para deixar a sexta feira dela mais adocicada.
Porque o amor também é feito de pequenos mimos.

"O amor é algo forte e carnal
Chocolate é algo doce e divinal
Um se vive
Outro se consome
Enquanto o amor nos enche de energia
Sem o chocolate o que de nós seria?
Entre o amor e o chocolate
Gera-se um aroma que com o evoluir da situação,
Torna-se numa afrodisíaca porção..."

Por Xuão

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Sonhos de uma noite de muito verão

Quando se está namorando um dos mais gostosos dos prazeres gostosos de fazer a dois é dormir de conchinha. AHHH!! Como é maravilhoso se sentir protegida e amada entre braços, dedos e cotovelos.
Não para a Cláudia! Que dorme com Antônio que tem exatamente o dobro de seu tamanho...
AHHH!! Mais o amor, te faz superar barreiras, e acordar praticamente sem conseguir respirar e com dormência nos braços vale a pena.
Melhor do que dormi sozinho, não acha?

Bom, depois que eu contar o ocorrido, você me responde essa pergunta.

Era uma noite dessas insuportável de calor e o casal dormia tranquilamente, o ventilador ligado em uma tomada, na outra o remédio de pernilongo. Entre os pés de Cláudia a gata, embaixo ao lado esquerdo da cama a cadela roncava como gente grande.

- Amor!! Posso te dar um murro?
- Ahãn.
Não foi um murro, mais um puxão no cabelo que deve ter doido, porque para acordar Antônio não é fácil.
- Aiii, que isso? Tá doida?!?
- Você falou que podia.
- Falei o quê??
- Você tá dormindo ainda?
É normal Antônio conversar dormindo, por isso Cláudia queria ter certeza.
- Claro que não... Porque puxou meu cabelo?
- Eu sonhei que você estava me traindo.
O rosto de Cláudia expressava sentimento de tristeza e espanto. E uma lágrima seca no canto dos olhos desmanchou qualquer reação que Antônio poderia ter.
- Oh meu amor, foi sonho. Eu nunca vou fazer isso com você. Eu te amo rainha.
- Foi muito real.
- Com certeza foi. Isso eu senti...
- Você tá no lucro... No sonho eu te dava um murro.


Qualquer semelhança... É pura coincidência.

Por Petit

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

A merda da intimidade

Pedro tem vários hábitos. Estranhos e comuns.

Hábito no dicionário: Disposição adquirida pela repetição frequente dum ato, uso, costume.

Antes:
A hora de defecar era única, prazerosa e solitária. Portas fechadas, um cigarro na mão e na outra um livro de quadrinhos. E por lá ficava horas, sem ser interrompido, por favor!

Hoje:
Chega do trabalho, dá um beijo na esposa, coloca a mochila na mesa da cozinha, tira a garrafa de café e a marmita enquanto conversa sobre o dia de trabalho dos dois. Acende seu cigarro, vai até o escritório pega sua revista e entra no banheiro...  Porta aberta, por favor!
- Amor. Vou tomar banho rapidinho.
Ele pensa “Estava em casa sozinha e decide vir tomar banho na hora da minha leitura diária”...
- Claro meu amor.
- Amor você acredita que lá no trabalho... Blá... Blá... Blá...
Ele fica só no Hum...
- AMMOORRR,  você não está prestando atenção.
- Oh querida, estou sim...
- Então... Aí ele pegou o caderno e jogou ... E blá... Blá... Blá...
- O banho não ia ser rapinho amor?
- Ia, mais resolvi lavar meu cabelo.
- Hum...
- Vou fazer purê de batata para o jantar, você descasca elas pra mim?
- Você vai mesmo falar de comida agora?
- Descasca ou não?
- Descasco. Já acabou?
- Nossa!! Porque a pressa?? Quer entrar no banho agora?
- Não meu amor, eu só quero poder cagar em paz!

Qualquer semelhança... É pura coincidência.


Por Petit

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Separe os panos de prato

Pronto! Vou me casar.
- Lorena, temos que começar a montar o seu enxoval (uma mãe empolgada).
Lembro-me de quando eu era criança e minhas primas mais velhas se juntavam para trocar figurinhas de onde comprou aquele conjunto de lençol, que a Senhorinha da esquina fez o bordado das toalhas de banho, as letras iniciais do nome do casal (Sim, era muito brega).
Era um evento quando a família se juntava e a prima que seria a próxima a se casar tirava todos aqueles pacotes enormes e pesados do guarda roupa e com muito carinho mostrava um por um.  Era um coro único e ensaiado: 
- (Suspiros) Que lindo!
Sinto o cheiro aqui agora das bolinhas de naftalina que pulavam dos grandes pacotes. Minha mãe tinha que me explicar mil vezes que aquilo não era bala. E logo gritava:
- Vai brincar lá fora menina. Isso é assunto pra gente grande.
Eu pensava: “Quanta babaquice. Que graça isso tem? Comprar esse montão de coisa cheio de bordados e laços e ficar mostrando para todo mundo como se fosse um troféu!"
Chegou o grande dia, lá estava eu dentro da loja cercada de toalhas, lençóis, colchas, edredons. Perdida, claro! Mais minha mãe tinha tudo anotado na sua “super" listinha.
- Lorena, vamos fazer o conjunto do banheiro.
Eu escolho uma toalha azul, uma toalha rosa, outra vermelha e um tapete verde.
- Credo! Assim vai parecer um carnaval seu banheiro. Tem que fazer conjuntinho...
- Ahh! Como vou saber qual toalha é de quem?
Agora eu sei o motivo dos bordados das iniciais.
- Lorena, seu pai comprou os panos de prato, e agora a Dona Lúcia vai fazer os crochês. Vou comprar as linhas, qual cor você vai querer?
Decidir decoração da festa, tapete da igreja, a renda do vestido, o sabor do bolo, a embalagem dos bem-casados... E até a cor da linha do crochê do pano de prato.
Em meios os preparativos do casório eu me vejo todo orgulhosa mostrando com carinho para as minhas tias o meu enxoval. E todo aquele processo é repetido, com direito a coro. Porém, sem naftalina.
- Lorena, esses panos de prato com crochê é para usar de vez em quando, e esses sem crochê é para o dia a dia...
Coloca roupas nas malas, empacota bolsas, embrulha todos os penduricalhos com jornal, coloca tudo na caixa.
Pronto! Casei.
Tira as roupas das malas, separa as partes do guarda roupa, dividi os cabides, faz a troca dos presentes nas lojas, arruma as vasilhas no armário da cozinha e os panos de prato?!?
Um tempo depois de casada...
Uma pergunta. Você já esfregou um pano de prato imundo?
Então...
Lá se foram os crochês.
Meu Deus, porque não separei?
... Conhece aquela frase “pagou língua”?
Pois é, se encaixou perfeitamente agora.
- AMOOOORR, cadê a minha toalha?
- Ué tá na porta do banheiro.
- Não tá não, essa que tá aqui é a sua...
- Não é não. A minha está pendurada lá fora.
- Você usou a minha toalha de novo!
- Como é que você sabe? As duas são iguais.
Meu Deus, porque não deixei a minha mãe bordar as iniciais?!?!

Qualquer semelhança... É pura coincidência.


Por Petit